Compositor alemão (Hamburgo, 1809 – Leipzig, 1847). Nasceu no seio de uma família burguesa e culta, de ascendência judaica. O seu avô Moses Mendelssohn era filósofo (conhecido como o Moderno Platão) e o seu pai, Abraham, banqueiro. O pai fez baptizar os seus quatro filhos na igreja luterana, com os nomes Fanny, Félix, Rebecca e Paul, e acrescentou ao apelido familiar o nome Bartholdy, que provinha de umas terras da família da mulher, Léa Solomon.
Abraham e Léa conceberam aos seus filhos, os quatro dotados para a música, uma esmerada educação. Embora Paul tenha sido um bom violoncelista e Rebecca se tenha dedicado ao canto, só Fanny e Félix se destacaram suficientemente para que os seus pais apoiassem a sua dedicação à interpretação e à composição.
Acompanhados pelo pai, Fanny e Félix chegaram em 1816 a Paris para estudar com a pianista Marie Bigot, intérprete predilecta de Beethoven. No seu regresso a Berlim, onde a família Mendelssohn se tinha instalado em 1813, Fanny e Félix estudaram, com os melhores professores, cultura clássica e geral, música e outras disciplinas artísticas (Félix foi também um hábil e sensível pintor).
Em 1818, Félix tocou pela primeira vez num concerto público e, no ano seguinte, começou a estudar na Singakademie de Berlim. A sua formação nessa instituição marcaria o seu estilo como compositor, inequivocamente romântico, mas também um clássico inconfundível, respeitador da tradição e ao mesmo tempo aberto às novas correntes. Na Singakademie, Friederich Zelter educou-o nas técnicas e procedimentos clássicos, praticando de forma rigorosa o baixo cifrado, a harmonia, o contraponto e a fuga. Em pouco tempo, o domínio destas técnicas e processos fez de Félix um compositor tão seguro quanto de escrita fácil e precoce, e as suas primeiras composições, de uma surpreendente maturidade, datam de 1820. A família Mendelssohn apoiava as audições das obras do jovem Félix dando concertos dominicais em sua casa, aonde acudiam importantes personalidades do mundo artístico berlinense. Em Março de 1825, durante uma visita de Mendelssohn a Paris, o influente compositor Cherubini mostrou-se entusiasmado com o seu Quarteto com piano, nº3, êxito que animou o jovem músico, que empreende, então, uma actividade criativa imparável; em Outubro desse mesmo ano compôs uma das suas obras mais famosas, o Octeto, e, no ano seguinte, a popular abertura de Sonho de uma noite de Verão. Com estas duas obras, o jovem Mendelssohn passou a ser considerado um dos grandes compositores europeus de então.
Entre 1826 e 1828, Mendelssohn estudou na Universidade de Berlim, onde teve como professor Hegel, entre outros. Terminou de forma tão brilhante que o seu pai acedeu a que se dedicasse por inteiro à música.
Em 1823, tinha-se dado um facto de grande importância na vida de Mendelssohn: a sua avó oferecera-lhe pelo Natal o manuscrito da Paixão segundo S.Mateus de J.S.Bach, obra por então esquecida. A 11 de Março de 1829 dirige na Berliner Akademie esta magna composição, um século depois da sua primeira audição; a sua versão supôs uma autêntica «ressureição» de Bach e um renovado interesse pela música do velho mestre. Viajou muito, dando a conhecer obras que permaneciam esquecidas; não só de Bach mas também de Haendel, Beethoven, entre outros autores do passado, para além das suas próprias, conseguindo sempre grandes êxitos onde se apresentava. Depois da morte de Zelter, em 1832, aspirou, sem conseguir, dirigir a Singakademie de Merlim. Depois, desenvolveu a sua actividade musical em Düsseldorf, Grã-Bretanha e, finalmente, Leipzig, onde em 1835 foi nomeado director da Gewandhaus. Em 1837 casou-se com Cecília Jeanrenaud, com que teve cinco filhos. Continuou a compor e a dar a conhecer as suas obras, sempre saudadas com entusiasmo pela crítica, pelo público e pelos outros músicos, ao mesmo tempo que viajava para Inglaterra, onde o adoravam, Berlim e outras cidades alemãs.
Em 1843 fundou-se o Conservatório de Leipzig, do qual Mendelssohn foi nomeado director e professor de composição. Em 1847, ao regressar à Alemanha depois de uma das suas viagens a Inglaterra, recebeu a notícia da morte da irmã Fanny, o que o afectou profundamente e motivou a criação de uma das suas obras mais pessoais e sentidas, o Quarteto de Cordas, op.80. embora tenha continuado a viajar e a compor, com dificuldades e sem vontade, sentia-se apático e imerso numa profunda tristeza pela perda da sua irmã, ressentindo-se disso a sua saúde; morreu a 4 de Novembro do mesmo ano.
A música de Mendelssohn, elegante e equilibrada, de impecável leitura, sólida e ao mesmo tempo lírica, é o fiel reflexo da sua personalidade. Viveu uma existência feliz (que só conheceu as sombras no final dos seus dias devido à morte da sua irmã) durante a qual desfrutou de uma grande fama e de uma entusiástica, e praticamente unânime, valorização das suas obras.
Abraham e Léa conceberam aos seus filhos, os quatro dotados para a música, uma esmerada educação. Embora Paul tenha sido um bom violoncelista e Rebecca se tenha dedicado ao canto, só Fanny e Félix se destacaram suficientemente para que os seus pais apoiassem a sua dedicação à interpretação e à composição.
Acompanhados pelo pai, Fanny e Félix chegaram em 1816 a Paris para estudar com a pianista Marie Bigot, intérprete predilecta de Beethoven. No seu regresso a Berlim, onde a família Mendelssohn se tinha instalado em 1813, Fanny e Félix estudaram, com os melhores professores, cultura clássica e geral, música e outras disciplinas artísticas (Félix foi também um hábil e sensível pintor).
Em 1818, Félix tocou pela primeira vez num concerto público e, no ano seguinte, começou a estudar na Singakademie de Berlim. A sua formação nessa instituição marcaria o seu estilo como compositor, inequivocamente romântico, mas também um clássico inconfundível, respeitador da tradição e ao mesmo tempo aberto às novas correntes. Na Singakademie, Friederich Zelter educou-o nas técnicas e procedimentos clássicos, praticando de forma rigorosa o baixo cifrado, a harmonia, o contraponto e a fuga. Em pouco tempo, o domínio destas técnicas e processos fez de Félix um compositor tão seguro quanto de escrita fácil e precoce, e as suas primeiras composições, de uma surpreendente maturidade, datam de 1820. A família Mendelssohn apoiava as audições das obras do jovem Félix dando concertos dominicais em sua casa, aonde acudiam importantes personalidades do mundo artístico berlinense. Em Março de 1825, durante uma visita de Mendelssohn a Paris, o influente compositor Cherubini mostrou-se entusiasmado com o seu Quarteto com piano, nº3, êxito que animou o jovem músico, que empreende, então, uma actividade criativa imparável; em Outubro desse mesmo ano compôs uma das suas obras mais famosas, o Octeto, e, no ano seguinte, a popular abertura de Sonho de uma noite de Verão. Com estas duas obras, o jovem Mendelssohn passou a ser considerado um dos grandes compositores europeus de então.
Entre 1826 e 1828, Mendelssohn estudou na Universidade de Berlim, onde teve como professor Hegel, entre outros. Terminou de forma tão brilhante que o seu pai acedeu a que se dedicasse por inteiro à música.
Em 1823, tinha-se dado um facto de grande importância na vida de Mendelssohn: a sua avó oferecera-lhe pelo Natal o manuscrito da Paixão segundo S.Mateus de J.S.Bach, obra por então esquecida. A 11 de Março de 1829 dirige na Berliner Akademie esta magna composição, um século depois da sua primeira audição; a sua versão supôs uma autêntica «ressureição» de Bach e um renovado interesse pela música do velho mestre. Viajou muito, dando a conhecer obras que permaneciam esquecidas; não só de Bach mas também de Haendel, Beethoven, entre outros autores do passado, para além das suas próprias, conseguindo sempre grandes êxitos onde se apresentava. Depois da morte de Zelter, em 1832, aspirou, sem conseguir, dirigir a Singakademie de Merlim. Depois, desenvolveu a sua actividade musical em Düsseldorf, Grã-Bretanha e, finalmente, Leipzig, onde em 1835 foi nomeado director da Gewandhaus. Em 1837 casou-se com Cecília Jeanrenaud, com que teve cinco filhos. Continuou a compor e a dar a conhecer as suas obras, sempre saudadas com entusiasmo pela crítica, pelo público e pelos outros músicos, ao mesmo tempo que viajava para Inglaterra, onde o adoravam, Berlim e outras cidades alemãs.
Em 1843 fundou-se o Conservatório de Leipzig, do qual Mendelssohn foi nomeado director e professor de composição. Em 1847, ao regressar à Alemanha depois de uma das suas viagens a Inglaterra, recebeu a notícia da morte da irmã Fanny, o que o afectou profundamente e motivou a criação de uma das suas obras mais pessoais e sentidas, o Quarteto de Cordas, op.80. embora tenha continuado a viajar e a compor, com dificuldades e sem vontade, sentia-se apático e imerso numa profunda tristeza pela perda da sua irmã, ressentindo-se disso a sua saúde; morreu a 4 de Novembro do mesmo ano.
A música de Mendelssohn, elegante e equilibrada, de impecável leitura, sólida e ao mesmo tempo lírica, é o fiel reflexo da sua personalidade. Viveu uma existência feliz (que só conheceu as sombras no final dos seus dias devido à morte da sua irmã) durante a qual desfrutou de uma grande fama e de uma entusiástica, e praticamente unânime, valorização das suas obras.
Eu sou uma apaixonada pelas músicas do Felix Mendelssohn. Fico imaginando se ele tivesse tido mais tempo de vida, quantas belas composições teríamos para nos deliciar. Além da paixão pelas músicas dele, também sou apaixonada pelo compositor. Diferente de outros compositores que tiveram suas vidas cheias de problemas, Mendelssohn era um homem feliz, bem casado, que gostava de se divertir, dançar, pintar belas telas... Que pena ter morrido tão jovem!
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